Capacidade Funcional

Há associação entre autonomia e independência?

Assim como quase tudo na vida, no contexto do cuidado, diversas questões devem ser levadas em consideração. Dentre estas, a capacidade funcional tem um papel fundamental na dinâmica da tarefa de cuidar.

Capacidade funcional pode ser entendida como o potencial que o indivíduo tem para tomar decisões e agir independentemente, no seu dia a dia. Portanto, preservar a capacidade funcional da pessoa que recebe cuidados é imprescindível e necessário.

Contudo, quando se fala em capacidade funcional, duas questões chamam (ou deveriam) muita atenção: a autonomia e a independência. Estas podem ser encaradas como pontos fundamentais na prestação do cuidado e na manutenção da capacidade funcional. Para melhor entendimento, vamos conceitua-las e explana-las.

A autonomia está ligada ao autogoverno, ou seja, é a capacidade de tomar decisões e de fazer escolhas, por si mesmo, livremente. Está relacionada ao poder de escolha que uma pessoa tem. Já a independência, pode ser entendida como o autocuidado, isto é, está relacionada à capacidade de executar/realizar/praticar o que se pensou, escolheu e intentou. Está ligada à parte física e instrumental.

Essas duas condições, evidentemente, não são sinônimos. Uma está mais relacionada à questão “intelectual”/cognitiva e de poder fazer escolhas e decidir (autonomia) e a outra, ao fato de executar, de fazer sozinho aquilo que se tem vontade (independência). Uma não depende, necessariamente, da outra. Uma pessoa pode exercer autonomia e ser dependente ou pode ser independente e não conseguir tomar decisões, fazer escolhas. Um exemplo disso é que uma pessoa cadeirante pode querer escolher as roupas que deseja vestir, todavia, provavelmente, necessitará de auxílio para a troca. A autonomia pode estar preservada e a independência comprometida, ou seja, ter autonomia não é sinônimo de ser independente e vice-versa.

Qual a relação entre cuidado, autonomia e independência?

Embora a autonomia e a independência sejam coisas diferentes, podem (e devem) estar relacionadas. O cuidador deve estimular quem recebe cuidados a manter sua autonomia e independência, por mais que, às vezes, a depender da situação, seja difícil de fazê-lo, o que exige mais paciência, estratégias e perseverança. O ideal é tentar preservar ao máximo a autonomia e independênciada pessoa. Para isso, o cuidador pode adotar um comportamento que facilite e promova a estimulação da autonomia e da independência. 

É importante que o cuidador deixe que a pessoa que recebe ajuda tente fazer escolhas (decidir) e realizar aquilo que ainda consegue. Evidentemente, isto deve ser feito de forma segura e profissional. O cuidador deve, ainda, motivar e incentivar a pessoa, mostrando que entende suas dificuldades e limitações, mas que, mesmo assim, está ali para ajudá-la a manter sua capacidade funcional.

Exemplos de como estimular a capacidade funcional

Para que fique mais visível e prática a questão de se estimular a capacidade funcional, vamos dar alguns exemplos básicos e rotineiros. O cuidador pode incentivar a pessoa que recebe cuidados fazendo com que esta:

  • Coma sozinha: além de deixar que a pessoa escolha o que quer comer, pode-se utilizar de estratégias (babador, talheres adaptados, bandejas em baixo do prato, etc) para, por um lado, facilitar e, por outro, eliminar ou reduzir o constrangimento da pessoa;
  •  Escove os dentes sozinha: o cuidador pode deixar que a pessoa escove os dentes sozinha. Depois que esta terminar, se necessário, o cuidador realiza a higienização bucal correta;
  • Escolha: as roupas que quer vestir, se quer deixar portas abertas ou fechadas, perfume que quer usar, o corte de cabelo, mudança de pintura nas paredes, etc.

Atuação do cuidador                                                        

Ressaltamos, contudo, que pode ser que a pessoa demore muito mais do que o normal para executar o que pretende. Neste momento, o cuidador não deve “fazer tudo” para a pessoa, como se esta não fosse capaz de realizar o que deseja. Esta atitude, de fazer “tudo” pelo outro, é conhecida como. Este, com o passar do tempo, pode fazer com que a pessoa seja cada vez mais dependente, até que chegue à dependência total.

O cuidador, então, deve atuar como um “supervisor do cuidado”, sempre procurando estimular o ser que recebe cuidados, quanto à capacidade funcional, com segurança, de forma a gerar qualidade de vida e bem-estar em quem recebe cuidados. Isto é, vai permitir e dar condições para que a pessoa consiga, por si mesma, executar aquilo que intenta.

Por isso, se você procura por cuidadores que atuem como “supervisores do cuidado”, contate-nos. Nossos cuidadores entendem a relevância da estimulação da capacidade funcional e sabem como fazê-la, de forma segura e profissional. Prezamos pelo cuidado seguro e de qualidade. Se você quer conhecer mais sobre nosso trabalho, não deixe de nos contatar.S

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Forte abraço e até o próximo artigo.

Equipe Human Life.

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